Ceia de Natal saudável

Mais um ciclo se encerra com a chegada do final do ano. É hora de receber família e amigos, contabilizar as realizações e planear novas metas. É hora de preparar a mesa com todo o cuidado que a data merece. É Natal! É perfeitamente viável criar uma ceia de Natal leve, sem excessos de carnes gordurosas, abusando de temperos e ervas finas. Podemos substituir a rabanada frita pela assada, tão utilizada. Uma ceia saudável pode ser saborosa… Pode incluir por exemplo: Carnes de aves (peru, frango), peixe (o imprescindível bacalhau) e lombo de porco magro; saladas verdes, frutas da estação, legumes e cereais; frutas secas (uvas passas); sobremesas: frutas tropicais, gelatinas e compotas; até duas taças de vinho e de champanhe nos dias de festa; sumos naturais, chás e muita água; não misturar bebidas alcoólicas (cerveja com vinho, por exemplo).
Claro que se cometem alguns excessos, mas convém lembrar que o Natal se comemora nos dias 24 e 25 e não uma semana antes e uma depois!!!
Feliz Natal!!

Aproxima-se o Natal!! Vejam alguns exemplos de diferentes tradições gastronómicas

As festas de final de ano têm algo em comum em quase todo o mundo: as famílias procuram reunir-se para cear e confraternizar. Mas em cada região, a população trata de adaptar as ementas às características da gastronomia local.
Na França, a ementa pode incluir ganso e bolinhos de trigo-sarraceno com creme de castanhas. Na Alemanha, os pratos são feitos à base de carne de porco, salada de macarrão e linguiça branca. Na Itália a tradição recomenda peixe, linguiça de porco e peru recheado com castanhas na ceia de Natal.
Para comemorar o Natal, os russos incluem na ceia um mingau chamado “kutya”, feito de grãos de trigo e outros ingredientes que simbolizam esperança e longevidade. No Oriente, japoneses e chineses concentram-se na comemoração do Ano Novo; é feriado durante três dias. Na mesa, sopa de feijão com massa de arroz amassado, legumes e peixe cru. Os pratos para esta época representam longevidade e prosperidade. No Brasil a grande variedade de frutas e legumes cultivados pode enfeitar pratos típicos das festas de Natal e Ano Novo com um toque tropical tupiniquim, como o peru, o chester, tornando-os mais admiráveis e saudáveis
É impressionante e admirável a diversidade de tradições que existem por todo o mundo para a comemoração destas épocas festivas, mas manter a tradição não significa que devemos esquecer os nossos princípios nutricionais... É sempre bom inovar e surpreender!!!

No âmbito do trabalho desenvolvido ultimamente, a sessão de educação alimentar, encontramos uma notícia interessante no site da APN (Associação Portuguesa dos Nutricionistas). A notícia é referente a dois estudos que embora diferentes chegam à mesma conclusão: é preciso mudar! Embora os documentos não sejam deste ano são bastante interessantes e vale a pena ler!

Doenças crónicas matam 17 milhões todos os anos!!!

As doenças crónicas matam 17 milhões de pessoas por ano, representando a principal causa de morte em todo o Mundo. Num relatório apresentado ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) analisa a situação de nove países e estima que, das 58 milhões de mortes que ocorrerão este ano, pelo menos 17 milhões se devem a uma doença crónica (notícia em "Jornal de Notícias").
A OMS apelou aos governos de todo o Mundo para que, em conjunto com todos os sectores da sociedade, se empenhem na prevenção destas patologias, calculando que se evitariam não só milhões de mortes prematuras como gastos milionários com o tratamento destes doentes. Entre as medidas de baixo custo que são preconizadas pela organização estão a diminuição do sal nos alimentos processados, a distribuição de refeições equilibradas nas escolas e o aumento dos impostos do tabaco.

Adolescentes com excesso de peso serão jovens adultos com problemas cardíacos!

Segundo um estudo do New England Journal of Medicine os adolescentes com excesso de peso correm mais riscos de sofrer de doenças cardíacas e ser vítimas de morte permatura.

ler notícia

Na realidade ter uns "quilinhos" a mais é um motivo de preocupação para todos nós. Embora haja a possibilidade de diminuição da mortalidade por algumas doenças (como nos diz o post anterior), há também um aumento do risco de mortalidade por outras causas, como é o caso da morte permatura.

Na nossa opinião, mais importante do que viver mais cinco ou menos cinco anos é a qualidade com que esses anos se vivem!! "Mais vale menos cinco anos e bem do que mais cinco anos e mal". Qual é a vossa opinião?

Uns quilinhos a mais até podem fazer bem!!!

A equipa de Katherine Flegal, dos Centros para o Controlo e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos, lançou a confusão depois de ter analisado décadas de inquéritos sobre saúde e nutrição. Segundo este estudo, afinal o excesso de peso não está associado a um aumento da mortalidade devido às principais causas de morte, à excepção da diabetes e doenças renais. De facto, nos cancros não relacionados com a obesidade, nas doenças respiratórias, em situação de ferimentos e infecções em geral, as pessoas com excesso de peso (mas sem serem obesas) até parecem estar mais protegidas do que as têm um peso "normal".

Estas conclusões surpreendentes não podem, no entanto, ser um incentivo ao peso excessivo. Convém realçar que as taxas de mortalidade não dizem tudo sobre os problemas causados pelo peso a mais e a obesidade, como relembra JoAnn Manson, especialista em medicina preventiva do Hospital Brigham and Women"s de Boston. "A saúde vai muito para lá das taxas de mortalidade", disse a investigadora ao New York Times, acrescentando que outros estudos estabelecem uma relação entre o excesso de peso, a obesidade e um grande número de doenças.

Desnutrição Hospitalar!!

Mais uma vez surge a necessidade de se falar de nutrição!!
Hoje no jornal nacional, para além de se alertar para a falta de nutricionistas no nosso país, foi também abordada uma questão de extrema importância, a desnutrição hospitar. A alimentação dada a um doente num hospital não basta que seja saborosa, deve ser ajustada às necessidades e patologia, e esta é uma tarefa da responsabilidade do nutricionista. Um individuo que não está bem nutrido tem mais dificuldade em recuperar , o que poderá levar a um tempo prolongado de internamento e consequentemente um aumento de cerca 20% dos custos.

A APN exigiu ao ministério da saúde que cumpra as recomendações da UE no combate a desnutrição hospitalar, e implemente uma política alimentar nacional de prevenção e tratamento.

Nós, futuros nutricionista, temos mais esta árdua tarefa pela frente!!!

http://www.mni.pt/destaques/?cod=8868

Shrek "contra" a obesiadade infantil

Para combater este problema preocupante a campanha do governo norte-americano contra a obesidade infantil usa o prestígio junto das crianças de um gordo - Shrek - para pedir que elas brinquem, ao menos uma hora por dia, ao ar livre, fazendo exercícios físicos. O ogre conta com a ajuda dos seus companheiros Princesa Fiona, o Gato de Botas e o Burro. Estranho é o Shrek participar também em publicidade de cereais de alto índice glicémico e campanhas do McDonalds (para além de ser literalmente um herói "de peso").

Elevados teores de sal no pão

Segundo um estudo realizado na Universidade Fernando Pessoa no Porto, a maior parte do pão vendido em Portugal tem perto de 10 gramas de sal por quilo, muito acima da média de muitos dos pães consumidos na União Europeia. Basta que cada pessoa coma duas carcaças para poder atingir a dose diária de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5,5 gramas por dia.

Sabendo que o pão é um alimento bastante consumido em Portugal e a presença de sal tem uma relação directa com o cancro do estômago, a hipertensão arterial e o acidente vascular cerebral (AVC), doença que continua a ser a principal causa de morte em Portugal, a redução gradual do sal no pão será uma medida de saúde pública de extrema importância!

Dia Mundial da Diabetes

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Diabetes, numa altura em que a incidência da doença continua a aumentar o governo anunciou medidas que têm como objectivo melhorar a vida dos diabéticos insulino-dependentes. No entanto não podemos deixar de referir que em muitos casos, nomeadamente na diabetes tipo 2, muitas complicações podem ser controladas através de cuidades alimentares e da prática de exercício físico.

Será que o papel do nutricionista também vai ser valorizado?...

De olhos postos no futuro!!

A agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou no passado dia 9 de Outubro um manual para promover e ensinar bons hábitos alimentares, destinado a crianças entre os 6 e os 12 anos, com objectivo de prevenir problemas de saúde no futuro.

http://www.fao.org/newsroom/en/news/2007/1000673/index.html

Estas iniciativas são extremamente importantes para promover a saúde e bem estar destas crianças e, como pais do futuro fazer com que incutam estes ensinamentos aos seus filhos.

Desta forma, poderão reduzir-se os custos derivados das doenças relacionadas com a alimentação nas gerações futuras, como a obesidade, a diabetes, a hipertenção ou doenças cardio-vasculares, doenças que têm aumentado em todo o planeta!

Para um Futuro melhor é importante que se promova a educação alimentar!!

Gisele Bündchen vestida apenas de água e consciência ecológica para vender Grendene

A top model Gisele Bündchen veste o modelito mais fresco de sua carreira: um "vestido" de água. A "roupa" faz parte da campanha da agência de publicidade W/Brasil para o lançamento de um novo comercial de sandálias, que foi criada para embarcar na onda das empresas que querem relacionar sua marca à preservação ambiental, no caso, o consumo consciente da água. Será a marca a chamar a atenção para a questão ambiental? Será uma forma de usar esta questão preocupante e actual para promover a marca? De qualquer das formas ambos os objectivos foram atingidos!

Alimentos ditos "saudáveis"com regras apertadas

Segundo uma notícia publicada hoje no jornal Diário de Notícias em breve vamos assistir a uma revolução no mercado dos alimentos funcionais. Na verdade, as empresas terão de começar a provar científicamente a função benéfica destes para a saúde humana, com isto a legislação comunitária visa controlar as alegações nutricionais feitas nas campanhas publicitárias e rótulos destes alimentos.
Vale a pena ler a notícia e comentar (desde logo o título pode induzir a erro)!!...

Indústria da alimentação e publicidade

De acordo com os dados do serviço de monitorização de investimentos publicitários da MediaMonitor, a indústria da alimentação foi o sector que mais investiu em publicidade em 2004.

A Kaiser Family Foundation lançou um relatório que revela que, nos Estados Unidos, 85% dos principais fabricantes de alimentos que fazem publicidade para crianças na televisão também criaram sítios Web com actividades para crianças, incluindo jogos de Internet que apresentam as suas próprias mascotes ou logótipos (os chamados "publicijogos", do inglês "advergames"). Representantes da indústria dizem que os jogos online representam um pequeno segmento da sua estratégia de publicidade.

Paradoxo: lucros vs responsabilidade na educação alimentar

Se por um lado parece um enorme contrasenso a campanha lançada pela Unilever, por outro é necessário analisar todos os passos desta multinacional.

Certo é que tal como todas as empresas também a Unilever só "sobrevive" porque consegue que os consumidores optem por adquirir os produtos, ainda que para isso tenha muitas vezes que moldá-los aos gostos da população tornando-os menos saudáveis.

O importante é que a empresa não descuide a saúde e forneça informação para que quem compra o faça conscientemente.

Analisando alguns passos da Unilever é importante vangloriar o percurso positivo que esta fez para melhorar muitos produtos tornando-os mais saudáveis assim como a preocupação com a educação alimentar que demonstra esta campanha.

Ainda que pareça um paradoxo não podemos negar que transmite algo positivo e importante.

http://www.davidairey.com/the-hypocrisy-of-unilever-advertising/

Objectivos da Publicidade

Tal como temos vindo a referir neste blog, a alimentação é um factor muito importante na saúde de todos. Isto leva a que a indústria crie constantemente novos produtos e os publicite para conquistar o mercado.
As formas como as empresas tentam conquistar os indivíduos são fundamentalmente 3:

1. dando a conhecer o alimento

2. fazendo sentir prazer, fazer gostar do produto e criar vínculos emocionais com a marca

http://blogritos.twix.pt/

3. agindo sobre os alimentos

http://www.pescanova.pt/site/produto.asp?produtos=peixe

Neste último link ao clicar na imagem do produto surgem diversas opções de utilização do mesmo.

Nutricionista divulgador de ciência?...

Tal como a muitos outros profissionais, também aos nutricionistas cabe o papel de comunicar informação produzida por outros. Como profissionais de saúde, e tendo em conta a responsabilidade que isso acarreta, é seu dever verificar a qualidade da informação bem como simplificá-la e descodificá-la de modo a seduzir a população alvo. Dado que um nutricionista transmite constantemente orientações sobre alimentação aos individuos é dificil manter uma posição neutra, este colocar-se-á quase sempre a favor dos conhecimentos científicos sobre alimentação que considera mais credíveis. O fundamental nesta questão é que um profissional da área da nutrição coloque sempre em primeiro lugar as características nutricionais benéficas dos alimentos destinados a uma população e só depois os interesses económicos e políticos.

Publicidade: um só obejctivo, duas correntes

A escolha de determinados alimentos em detrimento de outros é influenciada em grande parte pelas campanhas publicitárias, sendo as suas estratégias de marketing baseadas essencialmente em duas correntes. Na corrente estruturalista enfatiza-se os produtos como essenciais no processo de socialização, sendo assim há inúmeros alimentos "rotulados" como destinados a uma determinada classe social e/ou faixa etária.

Por outro lado, temos a corrente funcionalista na qual os benefícios nutricionais, o bem estar e a saúde "falam mais alto" que as questões sociais.

Tem-se verificado uma tendência para a associação destas duas correntes onde se alia a saúde e bem-estar do próprio à imagem e aceitação social.

16 Outubro - Dia Mundial da Alimentação

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Alimentação, data que não quisemos deixar passar em branco, por isso de seguida deixamos algumas regras simples relativas à alimentação para viver com mais saúde:
- Tomar sempre o pequeno-almoço;
- Iniciar as refeições principais por sopa;
- Comer devagar, mastigar bem;
- Evitar fritos, produtos de charcutaria, molhos e bebidas açucaradas;
- Beber pelo menos 1,5l de água por dia;
- Não considerar a alimentação uma recompensa nem um castigo;
- Fazer compras com uma lista e não se deixar tentar…

Dos primórdios à actualidade...

Muito antes de ouvirmos falar em nutricionistas e doenças influenciadas pelo padrão alimentar já era comum falar-se de alimentação.

Mas porque será que se comunica tanto sobre alimentação?

A necessidade de comunicar sobre alimentação surgiu por uma questão de sobrevivência, era essencial criar uma relação entre os alimentos e o seu efeito na saúde.
De um acto empírico comunicar sobre alimentação foi-se tornando algo mais complexo, muito à custa do desenvolvimento científico. Estas descobertas científicas juntamente com os avanços tecnológicos a que temos assistido nas últimas décadas têm permitido o crescimento do mercado de produtos alimentares. Todos os dias somos “bombardeados” pela divulgação de novos produtos.
Mas porquê este “bombardeamento”?
Como muitos dos novos produtos baseiam a sua publicidade em alegações nutricionais isto gera alguns pontos de discussão sobre alimentação, um factor decisivo no desenvolvimento de certas doenças.
A par com a saúde surge também o lado estético: O que comer e o que deixar de comer para ter um corpo perfeito? Esta é uma questão que muitos colocam, e para ela existe um “sem fim” de respostas dadas por todos os meios de comunicação.
E no meio de tanta pergunta vamos deixar-vos com mais algumas...
Será que toda esta informação é credível?
Ou serão apenas estratégias de marketing que podem não ser vantajosas para todos os indivíduos?